Dúvidas

São uma nova geração de implantes introduzidos na década de 60, e que agora atingem um grau bastante elevado de aceitabilidade pela comunidade científica internacional. São normalmente parafusos de titânio (que é um material que não sofre corrosão quando introduzido no corpo – já é utilizado há muitos anos pelos ortopedistas – e não apresenta fenômenos de rejeição imunológica). São introduzidos cirurgicamente nas áreas desdentadas e, sobre eles, são instalados trabalhos protéticos, tais como: próteses unitárias, próteses fixas e overdentures (próteses totais e/ou dentaduras fixadas por implantes).

Pode-se afirmar que, em 95% dos casos, se os implantes não forem perdidos nos dois primeiros anos de uso, durarão toda a vida. Estudos demonstram que implantes de boa procedência apresentam taxas de sucesso acima de 90% no maxilar superior e 97% no inferior. Vários são os fatores que determinam esta taxa de sucesso, mas talvez o principal seja a observância do protocolo (receita completa de quando e como fazer o implante). Além disso, é fundamental que o profissional esteja preparado e bem equipado para o procedimento.

Normalmente não devem ser colocados implantes em pacientes com determinados problemas de saúde, tais como diabetes sem controle, pacientes irradiados, etc. Além disto, quando não houver espessura e/ou altura óssea suficientes para acomodar os implantes em geral, eles ficam contra-indicados. Atualmente existem procedimentos cirúrgicos que conseguem aumentar a quantidade de osso disponível. Contudo, estas técnicas são relativamente complexas, devendo o paciente ter conhecimento do risco de falhas na “pega” do enxerto ósseo, além de outros fatores envolvidos.

 Certamente são melhores do que dentaduras e próteses removíveis (“pontes móveis”). Tem capacidade funcional semelhante às próteses fixas, em casos de espaços desdentados relativamente pequenos, mas a opção por um ou outro tratamento deve ser cuidadosamente analisado pelo paciente e pelo profissional, pois as situações são muitos diversas e impedem discussão com regras fixas. Nos casos de desdentados totais ou de áreas posteriores, as soluções com implantes são normalmente melhores do ponto de vista funcional.

 Estudos de longa duração demonstraram que certos tipos de implantes apresentam taxas de sucesso acima de 90% nos implantes colocados e taxas superiores a 97% de sucesso das próteses (a perda de um implante não significa necessariamente a perda da prótese, pois esta está apoiada em outros implantes). Este índice de sucesso, porém, é médio e não vale igualmente para todas as regiões da boca. Os índices de falha de desdentados totais inferiores é perto de 0% e na região posterior da maxila, com osso pouco denso e após a colocação de implantes curtos (devido ao seio maxilar), a taxa de perda pode chegar a 3%, segundo estudos recentes. De um modo geral, é um procedimento de prognóstico excelente.

Nada. É um material usado em ortopedia há muitas décadas. Simplesmente o titânio não sofre corrosão quando inserido no corpo humano e não apresenta fenômenos de rejeição imunológica, assim como outros metais da mesma família, ( nióbio, por exemplo). O sucesso da técnica é devido a um bom conjunto de fatores e estas características do titânio sem dúvida são positivas, mas por si não garantiriam o sucesso do procedimento. O sucesso depende, em suma, do planejamento, da técnica cirúrgica, um período de cicatrização sem colocação das próteses (sem aplicação de carga) e uma prótese adequada. Este protocolo (a receita completa de como se faz o implante) tem minúcias que não podem ser desprezadas e profissionais competentes e bem treinados na técnica podem levar a excelentes resultados.

 O preço está em visível queda. Adiar a colocação de implantes por razões financeiras, é melhor do que colocar um sistema mais barato e não tão confiável quanto às melhores empresas.

 Mínimos. A cirurgia é normalmente com anestesia local e é muito mais simples que outros procedimentos cirúrgicos odontológicos, como a extração de um dente retido, por exemplo. O pós-operatório é muito bom e a maioria dos pacientes não relata qualquer incômodo maior. Há, porém, um certo risco inerente a qualquer intervenção cirúrgica como: infecção pós-operatória, edema demasiado e outros problemas que podem ocorrer, mas em índices muito baixos e que não contra-indicam a técnica. Durante o procedimento cirúrgico, o paciente é monitorado por equipamentos com relação à pressão arterial, frequência cardíaca, curva pletimográfica e oximetria. Equipamentos de pronto-atendimento como desfibrilador, drogas, oxigênio, ambu e outros também estão disponíveis na Clínica Cristiana Guedes Implantodontia.

A principio, pode ser dito que a alta taxa de sucesso é uma boa garantia, mas sempre existe nos processos biológicos uma certa dose de impoderabilidade. Não há possibilidade de certeza absoluta de sucesso, mas devido a estas taxas antes citadas, o desconforto da cirurgia normalmente vale a pena, considerando-se inclusive que uma certa parcela de falhas permite que o procedimento seja refeito. As falhas observadas não causam nenhuma seqüela relevante, como tumores ou similares. O implante não integra e a sua remoção resulta em um alvéolo semelhante a um simples processo de extração dentária, que é cicatrizado e o osso restabelecido em curto período de tempo para a re-fixação de um novo implante.

A maioria das vezes porque o caso não é exatamente indicado para implantes. Tentar a colocação de implantes em casos não favoráveis deve ser uma opção consciente do profissional e do paciente, após avaliação de todas as alternativas. Entretanto algumas falhas ocorrem em casos aparentemente muito favoráveis e é praticamente impossível saber sua causa real.

Significa a perda do implante. Toda mobilidade é progressiva e indicativa de insucesso.

 Depende do sistema utilizado e das condições locais. A estética melhorou muito nos últimos anos mas ainda não é perfeita. Lembre-se: por melhores que sejam os implantes, eles são apenas uma prótese, ou seja, a substituição de dentes naturais por artificiais. Expectativa demasiada em relação aos implantes é comum, mas normalmente é sucedida de uma certa parcela de frustração. Em muitos casos a solução estética é apenas aceitável. O melhor raciocínio se faz em relação à funcionalidade: o implante é muito superior a outros procedimentos de prótese e, na ausência dos dentes, é o que pode ser realizado de melhor.

 No mínimo um controle clínico e radiográfico a cada ano. É também uma obrigação do paciente comparecer a estes controles.

 O planejamento adequado normalmente minimiza estes problemas, mas pode acontecer em função da topografia óssea. Estas alternativas devem ser debatidas antes da cirurgia, pois durante o ato cirúrgico a participação do paciente tende a ser muito passiva e, convenhamos, não é o melhor momento para discussão de preço e formas de pagamento.

 Não, especialmente no tratamento do arco superior. Um estudo detalhado com uso de tomografia computadorizada evita surpresas, especialmente aquelas da pergunta acima. A imaginologia (diagnóstico por imagem) permite ao cirurgião planejar previamente e de uma maneira bem precisa o diâmetro, o comprimento e a localização de fixação dos implantes, respeitando acidentes anatômicos importantes, como soalho de fossa nasal, seios maxilares, canal mandibular e forames mentonianos.

 Os implantes apresentam resultados funcionais muito superiores aos obtidos por dentaduras e próteses removíveis. Os pacientes que usam dentaduras há muito tempo e colocam implantes sentem uma diferença – para melhor – muito significativa.

 Normalmente não passa de duas horas a duas horas e meia. Somente em casos excepcionais, com necessidade de fixação de muitos implantes, esse tempo poderá ser estendido. Em média, o cálculo é feito da seguinte maneira: 1½ para o primeiro implante e mais ½ hora para cada implante adicional a ser fixado.

 No caso do desdentado total, o período sem prótese restringe-se a três ou quatro dias após a primeira cirurgia. Na segunda etapa, quando é feito o acesso aos implantes, o paciente não fica sem ela. No caso de próteses parciais, muitas vezes o paciente não fica dia algum sem prótese.

 Alguns estudos demonstram que os maiores problemas após a colocação das próteses são problemas de dicção, normalmente contornáveis em pouco tempo, e problemas de mordidas nas bochechas, em função da colocação de dentes em áreas que ficaram desdentadas por muito tempo. Este é um problema mais difícil de ser corrigido, mas é também superável. Deve ser salientado que estes problemas não são comuns e a maioria dos pacientes não apresenta dificuldades de adaptação aos implantes.

 Não, o dente natural é melhor. Em certas situações em que os dentes naturais estão muito comprometidos por doença periodontal, por exemplo, pode-se aventar esta hipótese. O planejamento global, levantando-se todas as alternativas, inclusive de custo, é fundamental. Não há consenso acerca do grau no qual o comprometimento dos dentes torna a colocação de implantes mais vantajosa. Um diálogo com um profissional experiente pode ajudar a elucidar dúvidas dessa natureza.

Os melhores indicadores são: o tempo em que o sistema está em uso e os resultados laboratoriais e clínicos apresentados em humanos. Bons indicativos de qualidade são estudos em multicentro, ou seja, resultados de avaliações em vários locais simultaneamente. Não leve em conta propagandas do próprio fabricante, pois costumam superestimar os bons resultados e omitir os problemas.

Não ocorre rejeição, pois o titânio é um material imunologicamente inerte. Quanto à contaminação, quando ocorre normalmente é por via cirúrgica e não por falhas do processo de fabricação. Quaisquer dos métodos normalmente utilizados para esterilização do implante – estufa, óxido de etileno ou autoclave – oferece total segurança. Os bons sistemas fazem controle de esterilização, ou seja, durante o processo são colocadas amostras de teste com bactérias que só morrem se o processo for perfeito. A ausência de crescimento destas bactérias é o indicativo de segurança. O controle de infecção da clínica e do bloco cirúrgico são fundamentais nesse controle.

 Não, mas as restrições não são muito severas. Certos alimentos podem fraturar até mesmo dentes naturais. De qualquer forma, uma alimentação com um mínimo de cuidado é suficiente para preservação dos dentes e das próteses suportadas por implantes. Um dado positivo é que o reparo de dentes fraturados nas próteses é relativamente fácil de ser realizado.

 Pode acontecer, especialmente em áreas de osso pouco denso e que permitam apenas implantes curtos. É sem dúvida um risco do processo. A melhor alternativa é tentar novamente, pois o osso após a remoção tende a se tornar um pouco mais denso. O melhor é não ter pressa excessiva para resolver o problema. A ocorrência de falha é muito desagradável, mas inerente ao procedimento – ainda que não ocorra frequentemente. Normalmente em áreas de maior risco de perda, o paciente deve ser convenientemente avisado previamente à cirurgia. Lembre-se: apesar de altamente previsível, o sucesso não pode ser mensurado.